quinta-feira, 11 de junho de 2015

O que já foi noticia Sobre a Cia da Alegria Vilhena.

Grupo leva alegria a doentes há cinco anos


A agente de Negócios, Gleicy Sassaki, de 22 anos, comemora em 2014 o quinto ano do grupo Cia da Alegria Vilhena, o qual criou para visitar...



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Grupo presta serviço de forma voluntária, e por isso precisa sempre de patrocínio
A agente de Negócios, Gleicy Sassaki, de 22 anos, comemora em 2014 o quinto ano do grupo Cia da Alegria Vilhena, o qual criou para visitar de forma um tanto quanto inusitada pacientes do Hospital Regional do município, Adamastor Teixeira de Oliveira, bem como o abrigo para menores e o lar dos idodos, com o intuito de levar alegria e descontração, principalmente aos doentes, que acabam sentindo-se um pouco abandonados pelo tempo que ficam internados.
Segundo Gleicy, a ideia de criar o grupo surgiu quando passou cinco dias internada. Ela percebeu que a rotina de um pacidente tinha pouca movimentação e a calmaria excessiva lhe causou o mal-estar necessário para lhe trazer a vontade de fazer algo para contribuir com a melhora das pessoas. “Chegamos lá parecendo árvores de Natal, vamos entrando e perguntando às pessoas o que têm, começamos a fazer graça, e eles não têm alternativa: ou dão risada, ou dão risada”, brinca a coordenadora do grupo. Gleicy conta que no início ia sozinha ao hospital. Com a cara pintada, roupas extravagantes, e tirando onda com os pacientes, disse que nunca chegou a sentir vergonha de estar completamente diferente das outras pessoas que estão na unidade de saúde. “Vergonha? Eu? Imagina! Fui lá na cara dura mesmo, batia nas portas e entrava normalmente”, relembra aos risos. A Cia da Alegria Vilhena, apesar de ser um grupo aberto, conta atualmente com sete integrantes fixos, que todos os sábados, a partir das 13h está na casa de saúde do município, onde passam as tardes visitando todos os pacientes, exceto aqueles que estão na Unidade de Terpia Intensiva (UTI) devido a gravidade dos problemas.
O grupo presta serviço de forma voluntária, e por isso precisa sempre de patrocínio. O valor? “O suficiente pra comprarmos bala mole, balões canudo e pirulitos. Se quiserem nos dar os pacotes, melhor ainda”, explica a coordenadora do projeto. Gleicy contou, ainda, que algumas pessoas que passaram pelo grupo e puderam ter a experiência de visitar os doentes, acabaram não voltando porque não ganhariam nada com isso. “Mas eu ganho: mais de 100 sorrisos, e mais de 100 abraços por sábado”, acrescenta.
Entre regras é proibido chorar e usar roupa branca
Aqueles que tiverem interessados em participar das visitas, basta visitar a página do grupo no canal de relacionametos Facebook e combinar com o pessoal.
O endereço é Cia da Alegria Vilhena. “Só não pode ir de roupa branca”, explica a coordenadora. Segundo ela, a cor é usada pelos profissionais de saúde, e já é taxada pelos pacientes como algo relacionado, mesmo que de forma indireta, com a sua doença, e o foco do grupo é justamente fazer com que os pacientes esqueçam, por um minuto que seja, suas enfermidades.
Já no final da conversa com a equipe de reportagem do Diário da Amazônia, Gleicy fora questionada sobre o que sentia quando chegava ao local, tendo em vista que ela e seus companheiros levam alegria a um grupo de pessoas que estão convivendo diretamente com sentimentos opostos.
“Não dá pra explicar. É uma sensação composta por vários sentimentos, que não dá pra definir”, revelou.
Perguntada sobre casos, delicados em que o paciente tem uma história tão triste que a trupe se emociona com o caso, Gleicy foi enfática ao dizer que dentro da equipe é proibido chorar. “Se não tem como, deixamos pra chorar em casa, fora dali. Não é nosso objetivo levar mais tristeza às pessoas”, arrematou.
Por Rômulo Azevedo
Matéria do site: http://sgc.com.br/noticias/diariodaamazonia/grupo-leva-alegria-doentes-ha-cinco-anos/

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